segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

BANE CHORÃO


Bane Chorão

Muitos erros foram apontados em The Dark Knight Rises, mas, para mim, somente um problema, que quase ninguém comentou, de fato impediu que Nolan concluísse sua trilogia de forma impecável, a saber: a diminuição drástica, nos momentos finais do filme, da importância dada ao vilão Bane. Não só o plano de ataque a Gotham e a Batman não foi arquitetado por Bane, como também a origem e motivação do vilão (oferecidas no próprio filme) lhe foram retiradas e conferidas a outro. O modo como Bane é introduzido como uma ameaça e como um obstáculo intelectual e físico à altura do Cruzado Encapuzado faz com que os dois embates entre herói e vilão explodam de tensão, ferocidade, crueza, expectativa e emoção (que me remeterem direta e nostalgicamente aos anos de infância e adolescência relendo pela enésima vez minha coleção fechada de “A queda do morcego [Knightfall]”). Tudo isso se desvanece de forma frustrante e decepcionante com a revelação do verdadeiro vilão, fazendo com que Bane se torne uma mera marionete, um grandalhão estúpido, um avejão feito para esmurrar, um Luca Brasi qualquer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário