Talco de Vidro, Marcelo Quintanilha, Veneta, 2015.
A arte e o texto de Quintanilha são de uma beleza e naturalidade embasbacantes! O modo como ele consegue capturar a concretude da vida cotidiana e elaborar um retrato extremamente familiar e desnudado da realidade brasileira, quer seja na representação de rostos, posturas, moradias e ambientes ou nas vozes com que dá vida aos seus personagens - com todos os trejeitos e manias que enriquecem a oralidade - ou ainda no caráter palpável e verdadeiro de suas narrativas, provoca-nos a lançar um olhar revigorado sobre uma efetividade que, mesmo circundante, sempre acaba por tornar-se distante devido a uma indiferença que se vai criando diante de tudo que nos é corriqueiro.
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