O ano do Dragão (Year of the Dragon), 1985, de Michael Cimino.
Do mesmo diretor de "O franco atirador" (The deer hunter, 1978, indicado a 9 oscars e ganhador de 4, incluindo melhor filme e melhor ator coadjuvante para Christopher Walken), “O ano do Dragão” me parece bem mais regular do que o primeiro (que possui um início tão chato quanto o de “Pearl Harbor”). Com Mickey Rourke, então no seu auge, o filme possui muitas similaridades com o excelente “Chuva negra”, 1989, não só pelo embate entre ocidente e oriente, mas por mostrar uma juventude asiática “corrompida” pela influência ocidental buscando tomar o lugar dos mais velhos pelo uso de extrema violência e com total desprezo por antigas tradições; além disso, ambos os filmes trazem algo que sinto falta na maioria dos filmes policiais atuais: o desenvolvimento de uma rixa pessoal entre herói e vilão; o momento em que o vilão “passa dos limites”, forçando o herói a iniciar uma cruzada por vingança.