segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

ARGO E CÉSAR


ARGO E CÉSAR

Ben Afleck, como diretor, é agora o queridinho da crítica devido ao seu filme "sério" Argo (ganhador do Bafta de melhor filme e melhor diretor). Mas, como Tarantino, sua formação artística foi baseada devorando aquilo que essa mesma crítica e a "elite intelectual" em geral tanto desprezam – na mesma medida em que desconhecem: cultura pop. Já a sequência de abertura de seu filme político é uma apresentação que utiliza recursos das histórias em quadrinhos, além disso, um elemento fundamental da trama, o plano de resgate dos americanos em solo iraniano, ocorreu a Tony Mendez quando ele assistia a uma reprise na TV de A batalha dos planetas dos macacos (quinto e último filme, e também o mais fraco, da série original de Planeta dos macacos), e Afleck faz questão de enfatizar bem isso; fora as referências às “bíblias” nerds, Star Trek e Star Wars. “Mas o que filmes como Planeta dos Macacos, Star Trek e outras bobagens tais podem nos instruir sobre política”, dizem os “intelectuais” de plantão, pois é... Acho que já está mais do que na hora de os nerds perdoarem Ben Afleck pelo seu Demolidor, embora eu confesse que, enquanto oito entre 10 nerds nutrem essa ojeriza mortal pelo Matt Murdock interpretado pelo grande amigo de Matt Damon, fiquei durante muito tempo na espera pela continuação e ainda guardo meu DVD duplo com certo orgulho e embaraço.